Casa JPEF

No início, um programa com algumas solicitações peculiares: uma casa com um acentuado recuo em relação ao arruamento frontal, cuja morfologia fosse simultaneamente rústica e contemporânea, e de cuja planta sobressaísse para além da sala comum um amplo escritório familiar, em deterimento da área dos quartos. A solução estética encontrada foi o recurso a um material de proveniência regional na sua cor tradicional – os tijolos cerâmicos face à vista e maciço vermelho vulcânico - , combinados com a telha plana à cor antracite. Para enriquecer a plasticidade do conjunto, foi explorada a capacidade da alvenaria rendilhar texturas, alternâncias de cheios e vazios, jogos de sombras e luz. A solução funcional foi a de situar num primeiro volume os quartos com vistas a Nascente, e gerar um pátio intermédio de carácter tranquilo, que iluminasse o escritório e distanciasse zonas privativa e social na habitação. A área social e de lazer volta-se, no entanto, no sentido da profundidade do terreno e do pátio pergolado.